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A Guerra da Apple contra o Google


A Apple vem travando uma guerra contra o Google há 17 anos e o que tudo indica é que as últimas batalhas foram vencidas pela maçãzinha, mas ainda está bem longe de terminar.

Essa história envolve traição, uma copiando da outra na cara dura, muitas alfinetadas, ... parece até novela mexicana.


Eu sou o Fernando e hoje você vai entender o que rola entre a Apple e o Google, como que tudo isso começou, como as empresas vêm “atacando” uma à outra e onde tudo isso pode parar.

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No final de janeiro deste ano, o escritor Ronaldo Gogoni publicou no site Meio Bit um artigo muito bom explicando sobre essa guerra, vou até deixar o link para vocês na descrição, e achei legal trazer essa história aqui para vocês.

Mas então, como surgiu uma guerra entre as gigantes do mercado?


Toda essa história começou com uma grande amizade e parceria na verdade. As empresas trabalhavam em conjunto no desenvolvimento de tecnologias. Até que em 2006, Eric Schmidt - o CEO do Google - foi admitido no corpo de conselheiros na sede da Apple em Cupertino, na Califórnia. O problema é que nesse mesmo ano a Apple estava desenvolvendo o iPhone, que iria revolucionar tudo que já tinha sido lançado até então, e o próprio Google também estava desenvolvendo um produto similar próprio, o que iríamos conhecer mais tarde como o sistema Android.


Então exatamente isso aconteceu: o CEO do Google estava no meio do corpo de conselheiros da Apple entendendo todas as inovações e diferenciais que essa nova tecnologia, o iPhone, iria ter, mesmo antes de ser lançada.


Quando Steve Jobs, até então CEO da Apple, descobriu que o Google estava desenvolvendo um produto similar (para não falar igual) e que mesmo assim o CEO do Google se manteve entre o pessoal do seu conselho, ficou furioso. A participação de Eric Schmidt no conselho foi vista como uma infiltração, como se fosse uma espécie de espião que levava as ideias para copiar no Android. Em 2009, Eric foi expulso do conselho, mas Steve Jobs guardou o ressentimento e a sensação de ter sido traído para sempre.

Podemos dizer que foi aí que a guerra se iniciou.


Em 2010, em uma entrevista para o biógrafo Walter Isaacson, Steve Jobs falou abertamente sobre a raiva que sentia da situação. Ele disse:

"Eu vou lutar até meu último suspiro e gastar cada centavo dos US$ 40 bilhões que a Apple tem em caixa, para corrigir esse erro. Eu vou destruir o Android, porque ele é um produto roubado. E estou disposto a iniciar uma guerra termonuclear para isso."


Na mesma entrevista, Jobs explicou sobre uma aparição dele com o “traidor” Eric Schmidt em um café em Palo Alto, na Califórnia. Contou que a conversa foi para deixar claro suas insatisfações com o Google. Jobs abriu o que disse à Eric:

"Eu não quero o seu dinheiro. Se você me oferecer US$ 5 bilhões, eu não vou aceitar. Eu já tenho dinheiro suficiente. Eu quero que vocês (o Google) parem de usar nossas ideias no Android, é isso o que eu quero."


Mesmo após seu falecimento, a convicção de Steve Jobs de destruir o Android e o Google foi passada como missão para a Apple. Dá para perceber que a maçã passou os últimos 12 anos desenvolvendo recursos para não depender mais do Google e ainda conseguir competir nos mercados em que o rival domina com a intenção de superá-lo.


Hoje em dia, o Google tem supremacia em três diferentes algoritmos: a busca, os anúncios e a geolocalização. Eles também são seu pilar de faturamento, é daqui que o Google mais consegue lucrar e crescer. É por isso que a Apple já tenta atuar fervorosamente em ferramentas próprias para cada um desses algoritmos.


O único que foi lançado até então foi uma ferramenta de geolocalização própria: o Apple Mapas. O problema é que a ferramenta foi lançada de forma prematura em 2012, o que causou um descontentamento enorme dos usuários e que levou até um pedido de desculpas oficial do CEO Tim Cook. Com o passar dos anos, os bugs foram sendo corrigidos e conseguiu superar o Google Maps em relação ao uso no iPhone.


Já pensando em uma ferramenta de buscas própria da Apple, o papo já se torna um pouco mais complicado. O que acontece é que o Google paga bilhões de dólares todo ano para que o Google Search seja o motor de busca padrão no Safari, e mesmo a Apple não precisando desse dinheiro, essa condição acaba sendo favorável porque o Google se tornou um refém já que a maioria das pesquisas em seu motor vem de dispositivos da maçã.

Mas além disso, incluir um “Apple Search” nos seus produtos seria um movimento caro tanto para desenvolver, quanto pelo corte dos bilhões recebidos pelo Google anualmente. Fora que esse motor de buscas próprio seria algo bem inferior ao Google Search em um primeiro momento, trazendo descontentamento com a marca pela parte dos usuários.


Mesmo assim, existe um fator que faria facilmente seus usuários usarem um “Apple Search”, que é a confiança. Em 2021, a Apple implementou uma política anti rastreamento de apps, proibindo a coleta cruzada de informações, que fez empresas como a Meta e o Twitter perderem muito dinheiro. Caso a Apple consiga desenvolver um motor de busca relativamente bom, mas com uma política rígida anti coleta de dados, seus usuários abraçariam a ferramenta sem pensar duas vezes, o que seria um golpe certeiro no seu concorrente.


Já falamos sobre a Apple desenvolver sua própria ferramenta de geolocalização para superar o Google Maps e já falamos sobre sua tentativa de criação de um motor de buscas próprio, então agora está na hora de vermos sobre os anúncios.

A Alphabet Inc., empresa dona do Google, tem como seu principal faturamento anual os anúncios, que correspondem a cerca de 80%. Ou seja, sem os anúncios, a Alphabet estaria em maus lençóis. E sim, a Apple já está articulando em relação a isso também.


No ano passado, a sede da Apple em Cupertino anunciou uma vaga de emprego para um profissional de DSP, ou Demand-Side Platform, que é um sistema que automatiza a compra de mídia, ou seja, anúncios. Isso indica que a Apple está em atividade no desenvolvimento de uma plataforma própria para seus dispositivos focado em compra e entrega de anúncios. Essa ferramenta sair do papel representa um golpe certeiro na gigante Google, já que vai acabar perdendo um mercado consumidor enorme. Se isso rolar, a Alphabet Inc. e consequentemente o Google, teriam que penar muito para sobreviver.


Esse trabalho meticuloso e orquestrado da Apple, focando no desenvolvimento de ferramentas para ter independência total do Google e, consequentemente, expulsando o rival em todos os mercados que atua, está fazendo o Google tremer na base mais do que nunca.

O que resta para nós, meros seres humanos, é continuar assistindo a guerra dos gigantes e ver se o tão desejado sonho de Steve Jobs de arruinar o Google e o Android realmente vai se concretizar.


Você acha que a Apple vai tão longe? Será que realmente vai chegar um dia que o Google será arruinado? Ou ele vai dar a volta por cima?

Me conta aqui nos comentários que fim você acha que isso vai dar, o que achou dessa história de amor e ódio, e não se esqueça de deixar o seu like e de se inscrever no canal.

Espero que tenha gostado do vídeo e nos vemos na próxima. Até mais!

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